sexta-feira, 29 de junho de 2018

Recomendação Adesão de Almeirim ao Pacto de Autarcas




As alterações climáticas são consideradas a maior ameaça ambiental do século XXI, constituindo uma preocupação transversal, visto que o aquecimento global do planeta é um dado incontestável. As evidências atuais confirmam as projeções que há alguns anos pareciam alarmistas, levando à celebração do acordo histórico da Cimeira de Paris (COP 21), em dezembro de 2015, no qual 195 países membros da Convenção do Clima da ONU e a União Europeia se comprometeram num esforço coletivo para conter o aquecimento global muito abaixo dos dois graus centígrados.


Os fenómenos climáticos extremos, como secas prolongadas, enxurradas e outras intempéries aumentam as situações de risco. A subida do nível dos oceanos torna as condições de vida mais difíceis e ameaçam a vida no planeta.

Em Portugal, as consequências das mudanças climáticas são cada vez mais sentidas e deixam marcas gravosas em todo o território. Em setembro de 2017, o nosso país atravessava um período de seca severa e extrema, a pior desde que há registos e que atingiu 100% do território.

A nossa região não escapa a este cenário, pelo que também está sujeita a sérios problemas com graves prejuízos na agricultura, no pasto para animais, no empobrecimento e perda de solos, uma verdadeira ameaça para a sobrevivência das gerações futuras.

É necessário agir e no nosso país são vários os municípios, nomeadamente Lisboa, Barreiro, Coruche e Tomar, que já elaboraram a sua estratégia municipal de adaptação às alterações climáticas, no âmbito de um projeto internacional com o apoio da Agência Portuguesa do Ambiente, de modo a ajustarem os sistemas naturais e humanos para responderem a estímulos climáticos, com o objetivo de aumentar a resiliência dos sistemas, aplicando respostas políticas transversais a todos os sectores.

Atualmente a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo tem em curso a elaboração do Plano Intermunicipal de Adaptação Às Alterações Climáticas da Lezíria do Tejo, pelo que se torna fundamental que Almeirim possa assumir o seu próprio compromisso no combate às alterações climáticas, sendo necessário começar desde já a consciencializar todos os intervenientes no concelho para as mudanças a realizar.
O Pacto de Autarcas para o Clima e Energia foi lançado em 2008, na Europa, com o intuito de reunir, de forma voluntária, os governos locais que pretendam alcançar e exceder os objetivos da UE para o clima e energia, nomeadamente aqueles que desejam a descarbonização dos seus territórios, fortalecer a capacidade para se adaptarem aos impactos inevitáveis das alterações climáticas e permitir que os cidadãos tenham acesso a uma energia segura, sustentável e acessível.

O Pacto de Autarcas está aberto a todas as autarquias locais democraticamente constituídas por representantes eleitos, independentemente da sua dimensão e fase de implementação das políticas energéticas e climáticas, contando atualmente com mais de 7 000 municípios e regiões de 57 países, sendo que já assinaram cerca de 119 entidades portuguesas.

As cidades signatárias comprometem-se a apoiar a implementação da meta de 40 % de redução dos gases com efeito de estufa até 2030 e a adotar uma abordagem conjunta para a mitigação e a adaptação às alterações climáticas.


Neste sentido, a Assembleia Municipal de Almeirim delibera, na sequência da presente proposta dos eleitos da CDU, recomendar à Câmara Municipal de Almeirim que:
Promova urgentemente todas as diligências necessárias para que Almeirim possa aderir ao Pacto de Autarcas.

Almeirim, 27 de junho de 2018

O Grupo Municipal da CDU

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