No período antes da ordem do dia, a
vereadora Sónia Colaço levantou as seguintes questões:
1. As
podas dos plátanos na Avenida da Liberdade, que mesmo após o debate específico sobre o assunto, promovido
pela CDU em maio último, continuam a existir estas práticas danosas “que a
CDU recusa, por considerar que não só não protege nem fortalece as espécies,
como se torna num processo mais caro a médio e longo prazo, pois terá, mais
cedo ou mais tarde, que se removerem e substituírem”.
2. No final da
Rua do Campo da Bola, a mesma pode ser otimizada
com a colocação de sinalização, pois não nos devemos esquecer que esta é
agora uma rua com mais movimento, devido à entrada em funcionamento do Centro
Paroquial e da passagem dos TUA.
3. Qual
o motivo pela falta de luz pública em Paço dos Negros, na Rua General
Humberto Delgado, desde a entrada até ao entroncamento com a Rua Val João
Viegas. A situação foi regularizada entretanto, mas é recorrente.
Ordem do Dia
A
vereadora ecologista votou contra
a aquisição de uma quarta avença
jurídica, tendo feito a seguinte intervenção, que se transcreve na íntegra:
“A CDU tem dificuldade em compreender a
necessidade que a Câmara Municipal tem em fazer outro ajuste direto na área jurídica.
Em Dezembro último, aprovaram três propostas para juristas, que no seu
conjunto custam cerca de 71.400,00€ sem IVA. Nessa mesma reunião a CDU
votou contra, por considerar um exagero haver três avenças com juristas, e
até questionou se um gabinete jurídico, com diversas especialidades não seria
uma solução a ponderar no futuro, com vista à redução de custos. O que hoje
nos é apresentado é mais um ajuste direto para serviços jurídicos, o quarto, no
valor de nove mil euros, com o qual não podemos concordar.”
A
vereadora eleita pela CDU absteve-se
nos seguintes pontos da ordem de trabalhos:
- Lançamento do concurso e demais
procedimentos legais para a recuperação do edifício das Escolas Velhas,
devido à falta de informação relativa ao “acompanhamento, por parte da
Câmara na elaboração deste projeto e demais programas.
Considero que devia haver um parecer do técnico da
autarquia com essa informação, que nos devia ser entregue.”
- Sobre
o protocolo entre o município e a
Rodoviária do Tejo, para venda de bilhetes e passes, fazendo a seguinte intervenção:
“A CDU não pode deixar de
considerar que o agendamento desta proposta decorre diretamente da luta que a
CDU tem travado, e das propostas que tem apresentado ao longo do tempo, para a
melhoria das condições dos utilizadores dos transportes públicos e para o
fomento dos mesmos, nomeadamente na última campanha eleitoral.
No entanto, o protocolo entre a
Rodoviária Tejo e a Câmara Municipal, hoje aqui apresentado, deixa muito a
desejar no que diz respeito à resolução destes problemas.
A venda de títulos de transportes
entre os quais o passe, é um dos problemas sentidos pela população, mas muitos
outros existem, como por exemplo o facto de não terem um local condigno para
apanhar estes transportes, ou para satisfazer as suas necessidades básicas.
Isto tudo quando existe um espaço em Almeirim que foi construído para este
efeito, que custou 900 mil euros e teve honras de presença de
primeiro-ministro na inauguração. Acredito que se este local estivesse a
funcionar devidamente, este protocolo muito certamente nem seria necessário.
Mas relativamente à proposta aqui
apresentada, ficamos sem saber onde, como e quem irá fazer o que está
protocolado, ou seja, não sabemos em que moldes irá ser feita a venda dos
bilhetes. É omisso quanto ao que importa avaliar, se a Câmara vai gastar
dinheiro que deveria ser gasto pela empresa e é muito claro quanto ao dinheiro
proveniente da venda dos bilhetes e o que acontece caso a CM não preste as
devidas contas. É necessário saber como irá ser feita a colaboração e para
que servirão as percentagens pagas à CM, se terão a ver com custos que a CM
terá.
O que sabemos vem publicado na
comunicação social e tudo parece indiciar que serão mais custos para a
autarquia e um aliviar de custos para a empresa privada, que quando se candidatou
à concessão desta área para a prestação do serviço público, foi ressarcida do
Estado para isso mesmo.
Face a tudo isto, a CDU irá abster-se,
afirmando no entanto que as pessoas têm de ter condições para adquirir os seus
passes e bilhetes em Almeirim, junto ao local onde apanham os transportes. Gostaria
por isso sugerir que fosse tido em atenção as questões do horário de venda dos
bilhetes tendo em conta o facto de muitas pessoas trabalharem e portanto só
poderem adquirir passes ou bilhetes fora do horário de trabalho.”
- Nos subsídios
pontuais e extraordinários às coletividades, considerando que é urgente
a elaboração do famigerado regulamento para que estas verbas possam ser
atribuídas consoante critérios igualitários e se possa definir o que deve
ser considerado um subsídio extraordinário, sendo que algumas das
coletividades já foram alvo de contratos-programa anuais, e foram apresentados
mais pedidos de financiamento, sem justificação do destino das verbas.
- No regulamento
da Zona de Atividades Económicas, pela falta de uma página do referido
documento, considerou não estar em condições
para apreciar devidamente a proposta.
Apesar
de ter votado favoravelmente
os restantes pontos, a vereadora não deixou de fazer algumas ressalvas em
alguns deles, nomeadamente:
- Participação da autarquia na Associação das
Rotas do Vinho de Portugal, questionando qual a
relevância da autarquia em pertencer a duas associações com fins idênticos.
- Alteração do tarifário dos TUA, seria
interessante que a proposta pudesse trazer uma análise económica que
sustentasse as alterações apresentadas, por considerar que este é um serviço importante
para a população.
-
Quanto aos passes combinados para os
transportes da Rodoviária do Tejo e TUA, foi mencionado que apesar de
existir uma diminuição no preço geral, para ambas as partes, esta é mais
acentuada para a parte da câmara e menos para a Rodoviária do Tejo.
Deveriam ser feitas de uma forma mais equitativa. Quanto aos passes com os
transportes urbanos de Santarém, verifica-se que há uma diminuição de preço mas não é mencionado quem a irá assumir, e seria
importante esclarecer.
- No
que diz respeito à alteração do percurso dos TUA, a vereadora deixou ainda a sugestão
de “a paragem que está na Avenida da
Liberdade possa ser deslocada para a Rua Joaquim Colaço Cardoso (paragem
nº12). Sugiro isto, por ter verificado que aquela paragem até tem cadeiras
colocadas pela população, o que demonstra a sua utilidade, e que responde às
necessidades daquele bairro, que tem muitos moradores idosos.”
-
Quanto aos contratos programa de apoio
anual às coletividades, e apesar de ter sido votado favoravelmente, a
vereadora Sónia Colaço sublinhou que estes não invalidam a necessidade de se
criar o regulamento de atribuição de subsídios.