quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Principais intervenções da vereadora Sónia Colaço na reunião de 4 de agosto


De entre os vários assuntos abordados na reunião, merecem especial atenção aqueles que a vereadora votou contra, e cujas intervenções seguem abaixo: 

PONTO 17- CELEBRAÇÃO PROTOCOLO COM A ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE SANTARÉM DO IPS, FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO CONTRA
Para além da leitura do protocolo apresentado, a CDU não pode deixar de fazer uma observação política sobre os estágios não remunerados. Estes estágios, que são obrigatórios no plano curricular, com a alteração que foi levada a cabo durante o Governo do PS, da disciplina de Estágio para Formação em Contexto de Trabalho, acabaram com a remuneração dos alunos. Sem os devidos apoios prestados pelas entidades responsáveis (Ministério Educação-Escolas/Empresas) são os próprias alunos e suas famílias a suportar as despesas com estes estágios obrigatórios.
Para além deste facto, encontrou-se um parecer desfavorável do IEFP, datado de 25 de Julho de 2014, relativo ao curso que é referido no protocolo, declarando que em termos de empregabilidade não se confirma a prioridade do mesmo, nem parece estar enquadrado nas necessidades da comunidade em que se insere.

Esta proposta parece-nos vir antes de tempo, pois o curso ainda nem está em funcionamento e não sabemos se irá ser aprovado e isso deixa-nos sérias reservas.

PONTO 9 – ADJUDICAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS REFEIÇÕES ESCOLARES PARA ANO LECTIVO 2014/2015 
A CDU continua a ter as mesmas preocupações no que diz respeito à entrega das refeições escolares a empresas privadas. Nomeadamente no que diz respeito à qualidade das refeições, que consideramos que deve estar bem definido em concurso, especificamente no caderno de encargos, deviam mencionar a exigência da qualidade alimentar, a promoção do consumo dos produtos locais. Mais uma vez, desconhecemos o teor do caderno de encargos, pois o mesmo não é disponibilizado com a restante documentação.

PONTO 10 – CONTA FINAL DA EMPREITADA DE “CONSTRUÇÃO DE CAMINHO PEDONAL NA RAPOSA EN 114” CONTRA
A CDU considera positivo a existência deste caminho, e pensamos que em meio rural deviam existir mais destes caminhos, para protecção e segurança dos munícipes, quando circulam junto das estradas. No entanto, sobre este caminho pedonal de cerca de 530m, temos algumas perguntas:
1 – o projeto do INALENTEJO era só aquilo que lá está?
2 – a CM já rececionou a obra?
3- Se sim, porque razão estão empilhadas várias lajes junto ao caminho? São para colocar naquele caminho?

Para além disto, o valor em causa parece-nos exagerado, cerca de 75€/metro quadrado, e pensamos que são também situações como esta, de dinheiros públicos gastos de forma indiscriminada, que levam hoje a “atacar os bolsos” dos portugueses. Mais uma vez a falta da assinatura do então presidente de câmara nestes documentos, só revela a falta de rigor com que a CM sempre trabalhou. Por estes motivos o voto da CDU é contra.

PONTO 8 – REGULAMENTO DE TAXAS DO MUNICÍPIO 

Sobre esta ponto, gostaria de começar por lembrar  que o estudo económico de 2009, que é referido e serviu de base para a proposta de regulamento de taxas, e que foi distribuído quando se analisou o regulamento para posterior envio para consulta pública, teve na época por parte da CDU uma posição contra, pois era referido que a CM não tendo contabilidade analítica não era possível de desagregar os custos de cada operação. Ou seja não havia fundamentação para se atribuir um determinado valor para uma taxa e não outro valor. Penso que o facto de se ter tomado como base um estudo que não cumpria com a legislação faz com que esta proposta não tenha o devido rigor e por isso voto contra.


No período antes da ordem do dia, a vereadora ecologista mencionou ainda o caso ALDESC, que teve recentes desenvolvimentos, com a seguinte intervenção:

(...) gostaria de referir que caso se confirme a decisão do Tribunal de Trabalho relativa aos trabalhadores da ALDESC, a CDU regozijasse com a mesma, pois considera que é agora reposta a justiça perante a dupla injustiça feita para com os trabalhadores, pela perda do seu trabalho mas também pela perda da indeminização devida. A CDU espera que a CM não recorra desta decisão do tribunal, que dê cumprimento à mesma, no sentido de não só repor a justiça que é devida aos trabalhadores mas também como forma de distanciamento das práticas anteriores.