terça-feira, 4 de agosto de 2015

Assembleia Municipal de Almeirim - Sessão de 25 de Junho de 2015

Moção Sobre o anunciado Grupo Hospitalar do Ribatejo

As questões da saúde no concelho de Almeirim, sempre mereceram ao longo do tempo, particular atenção da CDU nos diversos órgãos autárquicos e na Assembleia da República através dos seus eleitos, realizando várias iniciativas, desde moções e recomendações e mesmo perguntas ao Governo.

A questão do anunciado Grupo Hospitalar do Ribatejo, que pretende juntar os Hospitais de Abrantes, Tomar, Torres Novas, que constituem o Centro Hospitalar do Médio Tejo, e o Hospital Distrital de Santarém, que agora reapareceu na sequência da reunião do Sec. Estado com autarcas do distrito, merece desde já a nossa preocupação e deixamos claro a nossa total rejeição à proposta.

A CDU considera que a criação deste Grupo Hospitalar representa uma machadada demolidora nos cuidados de saúde prestados no distrito de Santarém, tanto na nossa zona como no Médio Tejo, pondo em causa o Serviço Nacional de Saúde, a qualidade dos cuidados prestados aos utentes e as condições de trabalho dos trabalhadores destas unidades hospitalares. Consideramos ainda que esta proposta visa fundamentalmente diminuir custos, afastar os serviços das populações, despedir trabalhadores e no nosso entender levará, numa primeira fase ao encerramento de especialidades e serviços nos diferentes hospitais, e posteriormente o fecho de Hospitais.

A CDU entende que face à gravidade que representa para a população a criação do Grupo Hospitalar do Ribatejo, é preciso afirmar claramente a oposição a este projecto, tendo os eleitos autárquicos uma posição a tomar, em prol do bem-estar das suas populações.

Assim, a Assembleia Municipal de Almeirim, reunida a 25 de junho de 2015, delibera:

1. Rejeitar total e inequivocamente a constituição do chamado Grupo Hospitalar do Ribatejo;
2. Reafirmar a importância do Hospital Distrital de Santarém nos cuidados de saúde da nossa região, contribuir para a sua credibilização e insistir junto das entidades responsáveis para que tenha os meios necessários de forma a manter os serviços e especialidades médicas em funcionamento;
3. Exigir o reforço por parte do Governo, dos Cuidados Primários de Saúde no concelho de Almeirim, através da colocação de mais profissionais da saúde.
Esta moção, a ser aprovada, deverá ser remetida ao Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Grupos Parlamentares, Primeiro-ministro, Ministro da Saúde, Comunidades intermunicipais da Leziria do Tejo (CIMLT) e Médio Tejo (CIMT) e Movimento de Utentes do Distrito de Santarém.

Almeirim, 25 de Junho de 2015
Os eleitos da CDU na Assembleia Municipal de Almeirim

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Intervenção da Vereadora da CDU sobre a classificação da tauromaquia como Património Imaterial Municipal

Na proposta apresentada pelo Sr. Vereador da Cultura é referido que a tauromaquia e as suas diversas manifestações são tradições há muito vividas no país e no concelho de Almeirim, e por isso devem ser classificadas como património cultural imaterial deste município.

Refere a Convenção da UNESCO para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial e o disposto no Artigo 78.º da Constituição da República Portuguesa, onde podemos ler que “…o património cultural é um elemento vivificador da identidade cultural comum”. Isto significa que todos os indivíduos se identificam com aquela prática ou tradição, é algo vivenciado por toda a comunidade.

O que não é aqui o caso, pois há uma parte significativa da população portuguesa e do concelho de Almeirim, que não se revê nem se identifica com estas tradições tauromáquicas. Considero que seria uma candidatura votada ao fracasso, porque a própria UNESCO não costuma dar reconhecimento a situações que geram polémica e que não são unânimes e vividas por um todo.

Há tradições que com o passar dos tempos perdem o seu valor, a sua razão de existir. Também a caça à baleia é em determinadas regiões do mundo considerada tradição, nos Açores já o foi, o que não faz desta atividade uma prática cultural a classificar como património.


O meu voto contra perante esta proposta de declarar a tauromaquia como património cultural, demonstra não só as minhas posições pessoais e do meu partido, e até mesmo reconhecendo que na CDU possa haver diferentes sensibilidades, mas também por considerar que não estamos perante uma tradição que seja um fator agregador da sociedade e representativa da evolução humana, bem pelo contrário. Posso ainda garantir que o meu voto contra se manteria caso estivesse numa autarquia CDU. 

Esperemos que este ímpeto de classificação chegue para o pórtico do Paço Real em Paço dos Negros.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Assembleia Municipal de Almeirim - Sessão de 29 de dezembro de 2014


Principais intervenções: 

PAOD - Caso ALDESC

PONTO 2 ALTERAÇÕES PONTUAIS DAS CARTAS URBANÍSTICAS DE FAZENDAS DE ALMEIRIM, BENFICA DO RIBATEJO E CORTIÇOIS, PAÇOS NEGROS E FOROS DE BENFICA DO RIBATEJO. ALTERAÇÃO AO PONTO 3.2.4 DO ARTº 3º DO REGULAMENTO DO PDM, NOS TERMOS DA ALÍNEA R) DO ARTº 25 DO ANEXO I À LEI 75/2013 DE 12 DE SETEMBRO.

TRÊS - Apreciação e votação do Regulamento de Apoio ao Desporto do Concelho de Almeirim, nos termos da alínea g), do nº 1 do art. 25º, do anexo I à Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.

APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ORÇAMENTO PARA 2015, PLANO DE AÇÃO – GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2015 – 2018 e MAPA DE PESSOAL 2015

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Ponto 6 - Assembleia Municipal de 29/Dez


PONTO SEIS
APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ORÇAMENTO PARA 2015, PLANO DE AÇÃO – GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2015 – 2018 e MAPA DE PESSOAL 2015

Entendemos o Orçamento como um documento central e estruturante para a gestão do município. Por isso se lhe exige que seja rigoroso, claro, transparente, concreto e realista. Neste orçamento, tivemos grande dificuldade em reconhecer essas  características.

O documento a que tivemos acesso, na sua globalidade, configura um exercício de planeamento quase virtual. Encontra-se pejado de frases feitas, conceitos abstratos e uma declaração de intenções assente em poucos dados concretos ou por explicar.  Este Orçamento diz pouco e informa menos ainda.

A falta de estratégia que vinha sendo patente em orçamentos anteriores, mantém-se.

A forma como este orçamento é apresentado é reveladora do tique que caracteriza  geralmente as maiorias absolutas: a arrogância intelectual! Pensa-se não é necessário dar grandes explicações,  o que por vezes serve para  esconder a  ausência de planeamento estratégico, a ausência de um pensamento estruturante para o Concelho.

Não nos iremos aqui debruçar de forma aprofundada nos números que este Orçamento apresenta, até porque esse exercício já aqui foi feito, e bem, pelo deputado João Lopes.  Contudo há algumas particulariedades que não gostaríamos de deixar de referir:

* No Orçamento da receita destaca-se o impacto significativo dos Impostos Directos com um acréscimo face ao ano passado de 1.160.029 €, com destaque para o IMI e para o Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas com este último a ter um incremento de 94%? Já agora gostaríamos de saber a que se refere este  incremento pouco usual .Estes acréscimos vem-nos dar razão quando defendemos que há margem para se reverem em baixa, mesmo que simbólica, algumas das taxas e impostos suportados pelos munícipes. Embora com valores de outra ordem, constatamos que à semelhança do actual governo, também o Município assenta grande parte da  sua receita corrente nos impostos cobrados;

* Curiosamente surgem vários projectos, de valores elevados, que inscrevem para 2015 verbas insignificantes, projectando para 2016 e 2017, portanto perto do fim do mandato, verbas realmente relevantes.  Poderá ser uma coincidência, mas permite concerteza outras leituras! ;

* As prioridades definidas  na aplicação de verbas é, quanto a nós, questionável. Veja-se no caso da rubrica Desporto,  recreio e lazer em que apenas uma colectividade consome mais de 50% da mesma;

* O Desenvolvimento económico do Concelho, não é definitivamente uma prioridade do executivo. Esta é a única explicação para o valor ridículo inscrito nesta rubrica: 36.000,00 €.  Com a situação difícil que muitas famílias atravessam, no nosso Concelho, é obrigatório olhar com atenção para a actividade económica. Por muito importantes que sejam as infraestruturas desportivas e culturais, parques e arruamentos, as pessoas precisam de ter um rendimento que lhes permita usufruir saudavelmente dessas facilidades.  


Existem ainda outras questões que nos suscitam outras tantas perguntas:

Refere-se que em 2015 se procederá selagem do aterro sanitário da Raposa. O que é que está previsto para o futuro?

Neste orçamento voltamos a ter a requalificação da Praça Lourenço de Carvalho. A CDU nunca esteve de acordo com as intervenções que têm sido efectuadas naquele espaço. Pelos vistos o executivo concorda connosco, porque já vamos para a 3ª intervenção.  Será que ficamos por aqui? 

Refere-se a requalificação do Mercado Municipal com um custo total previsto de 510.000,00. Em que é que consiste esta requalificação e qual a utilização prevista para este espaço?

Nas Grandes Opções do Plano , vem inscrita uma verba de 50.000,00 €  para o Turismo, sendo que 40.000,00 € são destinados às Festas da Cidade. Consideramos bastante fraca a aposta num sector  que se considera estratégico.

Um Orçamento para além de ser um documento técnico, deve também  transmitir os objectivos estratégicos que se pretendem implementar e a  filosofia de gestão subjacente à governação da autarquia.


Quanto aos primeiros não os encontrámos e quanto à segunda não nos revemos nela.  Por isso não podemos votar favoravelmente este Orçamento. 

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Ponto 3 - Assembleia Municipal de 29 de Dezembro



TRÊS - Apreciação e votação do Regulamento de Apoio ao Desporto do Concelho de Almeirim, nos termos da alínea g), do nº 1 do art. 25º, do anexo I à Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.

A existência deste regulamento é algo que a CDU sempre defendeu. Parece-nos importante que a autarquia conceda subsídios às entidades associativas, pois estas vivem das cotizações e boa vontade dos seus sócios, contudo, essas mesmas atribuições devem ser regulamentadas, por forma a não criar desigualdades de tratamento, e impedir o poder político de fazer descriminação com base nas próprias convicções de quem está à frente dos órgãos, em detrimento do bem comum. Se durante anos batalhamos e defendemos a existência deste regulamento, quando este foi anunciado, não deixamos de, na altura, manifestar o nosso agrado com tal situação.

Apesar da vagueza, fraca discricionariedade, falta de objetividade e pobreza de conteúdo com que fomos brindados com a primeira proposta de regulamento apresentada, não achamos que tal fosse problemático, uma vez que na CDU somos capazes de dar contributos construtivos para a criação de um instrumento de trabalho que mediasse a relação financeira entre a edilidade e o movimento associativo. Desta forma, e como a vereadora Sónia Colaço mencionou na reunião de câmara de 18 de agosto, a CDU participou na consulta pública, sugerindo uma série de alterações ao regulamento que o tornavam, numa mais eficaz, transparente, responsável e rigorosa ferramenta de trabalho.

A maioria das propostas da CDU visava:
* Introdução de critérios de ponderação (como o número de sócios, número de atletas, património da entidade, possibilidade de exercer atividades em comum com a autarquia, entre outros);
* Mecanismos de controlo do desempenho das entidades(através da obrigação de apresentar o plano de atividades e prestar contas das atividades desenvolvidas);
* Aplicação de critérios de discriminação positiva no que concerne às camadas mais jovens e escalões de formação;
* Aplicação de sansões às entidades que prestarem falsas declarações, nomeadamente através da suspensão de pagamentos e exigência da restituição de montantes já pagos.


Verificamos que, no essencial, as nossas sugestões não foram aceites, apenas algumas de pormenor o foram, sendo que este regulamento pouco irá regular, permitirá que os subsídios a ser atribuídos o possam ser feitos, com fraca transparência, rigor e responsabilidade. Por tudo isto, a CDU não poderá votar favoravelmente este ponto da ordem de trabalhos, demarcando-se assim desta proposta.