Na reunião de câmara
do passado dia 7 de abril, foi apresentado um protocolo de colaboração com o
Núcleo de ex-Marinheiros para manutenção e limpeza da Vala de Alpiarça. A vereadora
eleita pela CDU absteve-se, em virtude das inúmeras dúvidas que este lhe despertou,
assim como alguns aspetos que não foram tidos em conta, nomeadamente:
1. A CDU normalmente não
vê inconveniente na colaboração entre várias entidades para fins específicos.
Contudo, atendendo a que já existiu anteriormente um protocolo, teria sido
interessante que fosse apresentado um relatório do balanço das atividades que
foram desenvolvidas na vala. Assim, poder-se-ia averiguar se os custos
justificavam os benefícios obtidos.
Quando o protocolo
anterior foi apresentado e aprovado, a CDU levantou algumas reservas que se
mantêm pelo facto de não existir o referido relatório. Com efeito, ao longo
destes anos tanto na Assembleia Municipal como na Câmara Municipal, os eleitos
da CDU sempre denunciaram várias situações relacionadas com a vala,
nomeadamente a mortandade de peixes, a existência de pragas infestantes e diversos
focos de poluição.
2. Nesta proposta
verifica-se ainda que são atribuídas à associação em questão uma série de
competências para as quais não está habilitada. Com efeito, há aspetos que
necessitam de acompanhamento de especialistas de diversas áreas e o protocolo é
evasivo relativamente a esta matéria. Assim, corre-se o risco de existirem
intervenções que agravem ainda mais os problemas existentes. Para além disto,
há ainda que ter em consideração que o Núcleo de Ex-Marinheiros não pode atuar
diretamente, levantando autos, por exemplo.
3. A vereadora
ecologista questionou ainda qual a opinião da APA (Agência Portuguesa do Ambiente,
organismo responsável pela gestão dos recursos hídricos) em relação ao referido
protocolo e à sua aplicação, se existe algum parecer da referida entidade. (*)
4. Considerou ainda
que é importante a apresentação regular de relatórios sobre a execução do
protocolo, o que também não está previsto.
Foto de uma das visitas à Vala de Almeirim (em julho de 2013), onde se denunciou, mais uma vez, a poluição que grassava neste curso de água.
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